A MORTE DO OUTRO NÃO É SOBRE VOCÊ!

Fonte: IA COPILOT

A MORTE DO OUTRO NÃO É SOBRE VOCÊ!

A vida vai passando e a morte vai se aproximando. Ela envia sinais no nosso corpo que envelhece e pelas vidas a nossa volta que vão desaparecendo. Assim, já se foram meus pais, muitos tios, tias, amigos e amigas. No último mês mais dois amigos se despediram sem dizer adeus. Conversa com um e conversa com outro e os comentários vão desde “vai fazer muita falta”, “era um sujeito trabalhador”, “sempre estava de bom humor”, entre outros. Um dos amigos mais próximos disse:

– Vamos sofrer muito com a sua morte!

 São comentários espontâneos e naturais, entretanto carregam a perspectiva de quem segue vivo. Por isso, cabe destacar que a morte do outro é sobre o outro, não é sobre quem não morreu. Por que então, muitas vezes, comentamos sobre a nossa perda se quem perdeu a vida foi o outro?

Não se trata de uma crítica sobre sofrer com a partida do outro, que é natural, apenas uma observação sobre quem perdeu.

Lembro-me da morte da minha mãe e a dor que ela produziu em mim pela sua ausência. Porém, devo lembrar que era ela que não poderia mais desfrutar da alegria de abraçar os seus filhos, de ver os seus netos crescerem e de envelhecer junto ao meu pai. Foi ela quem teve sua vida interrompida precocemente. Igualmente, a morte do meu pai causou em mim um sentimento de desamparo típico da orfandade, entretanto foi ele que partiu deixando sem realizar uma série de planos. Hoje me pergunto: para onde foram as suas aspirações, as suas ideias e os seus projetos? Não tenho uma resposta, mas tenho a esperança de quem tem fé.

Ao lembrar dos meus amigos que partiram, primeiro me veio à mente a perda minha, porque a presença deles vai fazer falta. Entretanto, agora penso que a perda quem a teve foram eles que tinham seus filhos, suas esposas, seus pais e seus amigos. Serão os meus amigos que não poderão ver seus filhos crescerem ou ficar na expectativa de conhecer os netos. Serão eles que não poderão acompanhar as suas esposas até a velhice como haviam feito a promessa no altar. Serão os meus amigos que não poderão estar presentes na despedida dos seus pais. Enfim, serão os meus amigos que não estarão mais presentes nas confraternizações. Por isso, quem perdeu?

Dessa forma, fica o convite para que a vida de cada um seja uma perda para que aquele que parte ou para quem fica. Para os meus pais, que antes de tudo eram filhos, tenho a consciência de que nem sempre fui motivo para a sua felicidade, mas sim a razão de noites de insônia. Assim, pergunto: o que posso fazer para que aqueles que estão em minha presença possam sentir a minha ausência? Quais os comportamentos devo exibir para que eu seja uma perda para meus pais, meus filhos e meu cônjuge? Independentemente de quem parta primeiro.

Acredito que começa com o discernimento da importância do outro na sua vida, assim da sua vida na vida do outro. Quem é a pessoa mais importante do mundo para você? Quase sempre, a resposta é “eu mesmo”. Em parte, é verdade, porém essa importância por si só não basta, porque ela precisa vir acompanhada do “outro”, porque sem o outro não sou nada. Em tempos em que somos ensinados a desenvolver um amor-próprio egoísta, quando o outro morre eu fico com dó de mim. É natural sofrer com a morte de alguém querido, mas quem perdeu a vida não foi você, foi o outro.

Para aqueles que não creem em nada o que sobra é o sofrimento de quem vive somente na terra. Para aqueles que creem numa vida espiritual, resgatar as práticas do luto comedido pelo sofrimento da ausência de quem foi é um exercício para seguir em frente. Afinal, se sou cristão acredito que quem morreu não perdeu nada… ganhou a vida eterna.

A transcendência nos dá a esperança!

Moacir Rauber

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GERAÇÕES DIFERENTES, COMPORTAMENTOS REPETIDOS!

Fonte: IA COPILOT

Gerações diferentes, comportamentos repetidos!

Pai e filho conversavam sobre os amores. O filho de vinte anos comentava que havia encontrado a mulher da sua vida. Queria se casar o mais rapidamente possível, deixaria a faculdade e encontraria um emprego para se sustentar. O pai o escutava, entretanto estava reticente. Disse que havia passado por uma situação semelhante que se revelou como fogo de palha.

O filho respondeu:

– Comigo é diferente… porque eu não sou você, pai.

O que o diálogo nos mostra? Que em termos comportamentais seguimos repetindo padrões sem, muitas vezes, aprender com eles, dando voltas ao tropeçar nas mesmas pedras que gerações anteriores já tropeçaram. Por outro lado, a tecnologia avança de maneira linear e geométrica usando os erros do passado para evoluir no presente. Assim, não precisa percorrer um caminho já feito.

A roda foi inventada e não foi preciso reinventá-la, embora a sua aplicabilidade possa ser repensada. A energia elétrica foi um marco evolutivo que mudou a história humana. O trem, o avião, o carro, os drones, a internet e toda tecnologia disponível serve de base para novas tecnologias. Para o bem ou para o mal, dependendo de quem a usa.  Desse modo, todas as tecnologias podem ser mudadas, recriadas ou repensadas, sempre usando as experiências do caminho percorrido para construir algo novo e, quem sabe, melhor.

As questões comportamentais não seguem o mesmo caminho. Geração após geração são cometidos erros equivalentes que, inclusive, geram tragédias. Saímos da primeira guerra mundial para a segunda em que o holocausto parecia ser o máximo de horror que seríamos capazes de produzir. Entretanto, os genocídios e as guerras não pararam e usamos a tecnologia para provocar mais tragédias. E isso é comportamental.

Por isso, a própria literatura se baseia em dilemas pessoais, explora as mesmas dores e sofrimentos parecidos que geram tragédias ao longo da história. A filosofia igualmente reflete isso. Muitas vezes quando imaginamos que pensamos algo diferente, podemos voltar na história para saber que alguém já o havia proposto antes. A psicologia igualmente se propõe a resolver algo que de maneiras diferentes já fora tratado, seja dentro de correntes filosóficas ou de uma vertente espiritual.

Desse modo, o comportamento humano parece girar em espiral, repetindo padrões e tropeçando nas mesmas pedras em diferentes áreas relacionais.

No ambiente corporativo os mais jovens têm dificuldades de aprender com os mais velhos, porque creem que eles estão ultrapassados. Basta imaginar o conselho de um sênior para um jovem diminuir um pouco o ímpeto na abordagem ao cliente para escutar algo como “os tempos mudaram, hoje tudo é mais rápido…”. Entretanto, é essencial se lembrar que as pessoas continuam sendo pessoas com os dilemas que nos acompanham por toda a história. Assim, aprender com os conselhos e com os erros dos demais é uma das maneiras mais inteligentes, eficazes e eficientes de avançar, uma vez que você economiza tempo, dores e cicatrizes.

Na sala de aula não é diferente. Um professor já foi um aluno, porém um aluno ainda não foi um professor. Por isso, enquanto a maioria insiste em cometer os próprios erros impulsivamente, apesar de haver uma infinidade de oportunidades de aprendizagem, há um pequeno grupo que observa, escuta, estuda, aprende e avança com coragem. Note-se, há uma diferença entre impulso e coragem, assim como entre pausa e inércia. A inércia é a não-ação com os resultados que não queremos, enquanto a pausa é a coragem para buscar o discernimento de dar rumo ao impulso.

Acredito que somos seres singulares que devem experienciar um caminho único e irrepetível, entretanto aquele que desenvolve a capacidade de escutar com genuíno interesse, provavelmente vai trilhar um caminho de transformação na direção pretendida usando o aprendizado acumulado por outras gerações.

Era isso que o pai queria dizer ao filho. Era isso que o filho ainda não havia aprendido. Ao escutar que “eu não sou você” do filho ele concordou e disse:

– Sim, eu sei, você pode ser melhor…

Para isso é preciso aprender a escutar. Não é nada novo. É humano. É bíblico.

Moacir Rauber

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DE BOAS INTENÇÕES O INFERNO ESTÁ CHEIO…

Fonte: IA COPILOT

De boas intenções o inferno está cheio…

Maria passa por um momento difícil. Ana, sua amiga, se vê como uma pessoa empática, sensível e disponível para ajudá-la. Por isso, toma algumas decisões para contribuir com Maria nas suas dificuldades. Desse modo, ela dá conselhos e tem atitudes para resolver os problemas de Maria. Contudo, Maria não se sente cômoda com as ações de Ana, por isso comenta que ela está sendo invasiva e pede para que se afaste. Ana fica na defensiva e diz:

– Não era a minha intenção. Eu só queria ajudar…

Alguém já presenciou ou viveu alguma situação semelhante? Entendo haver um desalinhamento entre as intenções, boas de Ana, e as ações, não tão boas percebidas por Maria.

O exemplo é trivial, entretanto as situações se repetem nos diferentes ambientes. Pode ser o diretor que diz incentivar a criatividade, mas as ações percebidas são de pressão e vigilância. Pode ser o pai que deseja ver seus filhos desenvolverem a autonomia, porém eles se sentem controlados e cerceados. Enfim, basta lembrar do ditado “de boas intenções o inferno está cheio” para percebermos como o desalinhamento entre as intenções e as ações são frequentes. O que fazer para alinhar as intenções com as ações?

Talvez seja essencial aprender a olhar para dentro de si mesmo e avaliar qual é a verdadeira intenção de uma futura ação, para isso precisa-se de pausa e de paciência. A pausa deve ser entendida como a tomada de consciência para escolher o movimento com a plenitude da presença, não se trata da inércia. E a paciência é uma das virtudes que nos permite entender o significado da intenção e as estratégias que podem nos levar às ações correspondentes.

Na pausa e com paciência se pode indagar: quais são as suas intenções? Entender que a intenção traz em si um propósito mais profundo, como as nossas aspirações individuais. Nos Exercícios Espirituais (Santo Inácio de Loyola, 1491-1556) praticados na pausa de um retiro e com a paciência da solidão se identificam as “moções”, estado anterior as emoções que mostram as reações e movimentos, podendo ser de expansão ou de retenção.

Desse modo, na pausa e com paciência podemos descobrir o espaço a ser trabalhado entre a intenção profunda e a ação visível. Antes de dar um conselho ou de tomar uma atitude, seja paciente e faça uma pausa. É nesse espaço que está a possibilidade de alinhamento entre a intenção e a ação. Na pausa e com paciência, observe e indague-se: o que me move? O que pretendo com a minha ação? Entenda-se que a pausa nos conduz a presença plena e a paciência faz com que possamos discernir com clareza a nossa intenção para escolher de forma consciente a ação.

Existem várias maneiras de se educar na pausa e de desenvolver a paciência como competências de discernimento que nos levam a fazer melhores escolhas. Podemos fazer pausas estratégicas, pausas programadas e pausas de alinhamento. Para isso é preciso paciência, a virtude de não se exaltar frente aos incômodos ou aos dissabores sem se revoltar ou se queixar.

Na situação exposta, os dissabores de Maria fizeram com que Ana a quisesse ajudar. Sem pausa e com pouca paciência as ações de Ana foram percebidas como invasivas. A resposta de Maria gerou dissabores em Ana. Nossa proposta é fazer a pausa de alinhamento, sendo a meditação uma das formas de alcançar este objetivo. A palavra “meditação” tem sua origem latina em meditare que nos convida a voltar para o centro, para si mesmo. Numa desconstrução não etimológica da palavra, podemos encontrar “medita” + “ação” que resulta no exercício da pausa com paciência que nos leva ao discernimento.

Na meditação nós podemos nos encontrar com nosso estado mais profundo, as moções, aquilo que nos move para adotar as estratégias apropriadas em que as intenções se reflitam nas ações. Por isso, a pausa e a paciência podem nos ajudar a ajudar e enfim dizer com alegria: “era essa a minha intenção!”

Até o inferno poderá ficar vazio!

Moacir Rauber

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QUANDO “QUERIDO” NÃO É BEM QUERER…

Fonte: IA COPILOT

As duas equipes estavam no mesmo grupo corporativo e a empresa organizava um evento numa cidade turística com ingressos limitados. Um dos gerentes foi orientado a manter contato com o outro para obter os passes para a sua equipe e o fez através do grupo. Pediu ingressos para todos os integrantes de sua equipe. Logo, recebeu a informação de que o evento não era aberto para todos e que teria somente um ingresso para a sua equipe. O gerente agradeceu a informação, porém fez o pedido para obter pelo menos quatro ingressos mais. A resposta foi negativa seguida do comentário:

– Querido, não compartilhe informações equivocadas com os membros da sua equipe, porque o organizador do evento não autorizou a adição de mais ingressos… … preste atenção ao trabalho das equipes e não crie pontos de confusão.

E concluiu:

– Ficamos felizes em ter sua equipe nas atividades, por favor, respeite os esforços que fazemos. Peço que da próxima vez você melhore suas habilidades de comunicação. Agradeço a sua compreensão, desejo-lhe um bom dia e que seja feliz!

Pelo visto, começava uma guerra, porque o outro gerente respondeu que entendeu que não havia ingressos para todos e complementou no mesmo grupo:

– … talvez devêssemos aprender a nos comunicar melhor com os outros, vamos trabalhar nisso. Muito obrigado e desejo que você seja feliz tanto na vida quanto no trabalho.

Não sei vocês, mas a mim parece ser um diálogo agressivo em que “querido” não tem nada de bem querer, assim como o desejo de uma vida feliz talvez não seja tão genuíno.

Considere-se que os dois gerentes tinham boa formação em áreas como inteligência emocional, psicologia positiva e suas aplicações. Porém, por que travaram um diálogo agressivo, expondo as equipes a uma situação incômoda? O que poderia ter sido feito? Quais as ferramentas que poderiam aplicar?

Da perspectiva comunicacional, pode-se apontar caminhos para evitar os conflitos. Defende-se ser essencial definir o canal apropriado para cada tipo de mensagem. Por isso, ao receber o pedido público dos ingressos para uma equipe inteira de um gerente que não sabia da limitação de vagas, a comunicação deveria ter migrado para um canal privado. Igualmente, é fundamental escutar ativamente para saber a diferença entre o que se fala e o que se ouve. Por fim, é indispensável escolher o discurso adequado para cada canal utilizado.

No diálogo, acredito que os gerentes não definiram o melhor canal, não se escutaram e não escolheram o discurso adequado. Por isso, penso que poderiam utilizar duas ferramentas práticas para resolver e evitar conflitos: a Inteligência Positiva (IP) e a Comunicação Não-Violenta (CNV). Como? Primeiro, faça uma Pausa.

Entenda-se pausa como um ato voluntário de tomar consciência daquilo que é fato ou interpretação. Nos diálogos em que há divergências, uma curta pausa nos dá a possibilidade de fazer a melhor escolha. É a pausa que nos permite definir o canal apropriado, escutar ativamente e encontrar o discurso adequado. A partir da pausa podemos identificar os interesses individuais e coletivos, controlando os impulsos instintivos de responder com agressividade a uma suposta ofensa. Diz-se suposta, porque somente cada um pode dar poder ao outro de que as palavras representem uma ofensa. Portanto, a pausa consciente nos ajuda a identificar as armadilhas dos sabotadores (IP) internos que respondem à violência com mais violência. A pausa nos aproxima dos poderes do sábio (IP) que habita em nós, fazendo com que sejamos empáticos; que exploremos a situação ao navegar por outras soluções, inovando a partir da mentalidade ativa que consegue fugir da violência. A pausa nos faz observar sem julgar; nos permite registrar os próprios sentimentos com a identificação de necessidades que se busca atender. Finalmente, a pausa nos oportuniza conversar (CNV) de maneira a verter no mesmo canal (São Inácio de Loyola). Os gerentes estavam na mesma organização, portanto deveriam conversar!

Por fim, os gerentes envolvidos no diálogo acima não souberam conversar, porque se deixaram dominar pelos egos inflados em que chamamos o outro de “querido” sem que seja verdade e desejamos felicidade sem que seja a real intenção.

Você consegue fazer uma Pausa?

Moacir Rauber

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“TODOS SENTADOS!” UMA AÇÃO DE LIDERANÇA

“Todos sentados!” Uma ação de liderança

Há quarenta anos uso uma cadeira de rodas olhando o mundo de uma perspectiva diferente daqueles que estão em pé. Quando interajo com as pessoas, quase sempre, tenho que olhar para cima, com as exceções de outros cadeirantes ou pessoas de baixa estatura. Em eventos e celebrações há os momentos em que todos se põe de pé, mas eu continuo, obviamente, sentado. Na última sexta-feira fui a uma missa no seminário aqui perto de casa, em que estiveram presentes doze pessoas. A missa começou e todos se puseram de pé, exceto minha esposa e eu. Ela sempre permanece sentada em solidariedade a mim. O padre que celebrava recém havia chegado na comunidade e nos observou. A celebração seguiu e no momento de sentar todos sentaram. Em seguida, segundo o ritual, as pessoas deveriam ficar em pé, foi quando o padre disse:

– Não se levantem. Fiquem sentados.

Todos ficaram sentados, inclusive o padre.

A cena gerou em mim alegria, porque foi a primeira vez desde que sou usuário de cadeira de rodas que participei de uma missa em que estive na mesma altura dos demais. O exemplo se repete em reuniões sociais, em eventos de formação e na maioria dos encontros entre as pessoas que em sua maioria caminham. Por isso, não se trata de pedir que o mundo ande sentado, mas de analisar como um simples gesto, por vezes, pode ser representativo para o outro. Estar de pé é um estado de espirito!

Ao observarmos o ocorrido sob outras perspectivas podemos ver um gesto de inclusão, ou melhor, de não exclusão, assim como podemos detectar na cena uma atitude de humildade, de coerência e de empatia, qualidades de um líder.

Primeiro pergunto: qual a diferença entre inclusão e não exclusão? Entenda-se inclusão como o movimento que permite que as diferentes pessoas que integram a sociedade possam participar das várias dimensões do ambiente de maneira igualitária. Independentemente da condição física, intelectual ou social a pessoa faz parte da sociedade, portanto basta não excluir para que se participe nas diferentes dimensões sociais, seja na família, nas organizações ou na igreja. Entender e viver dessa maneira é uma característica da liderança que foi expressa no momento em que todos permaneceram sentados. Eu estava presente sem ser excluído. Pergunte-se: o que você pode fazer na sua organização para não excluir ninguém? Quais os ponto de acessibilidade podem ser melhorados? Há alguma prática excludente?

Em seguida falo de liderança, porque as ciências comportamentais mostram que um líder deve exibir traços de humildade, coerência e empatia, sendo essas as características mais valorizadas entre os liderados. Nas mais variadas organizações, o sucesso ou o insucesso está associado ao papel do líder, assim: a (1) humildade é uma virtude exibida por quem tem consciência das próprias limitações, produzindo comportamentos modestos e simples, essenciais para o líder. Muitas vezes, a humildade é confundida com baixa autoestima ou mesmo timidez, entretanto ela permite que a pessoa se coloque no mesmo nível dos demais, independentemente do papel social exercido. Desse modo, o verdadeiro líder está nivelado com os seus liderados. Lembre-se, líder ou liderado é circunstancial. A (2) coerência é essencial que os liderados a possam identificar nos comportamentos do líder para que o tenham em consideração, porque mostra a harmonia entre as intenções e as ações. Por fim, a (3) empatia, capacidade de colocar-se no lugar da outra pessoa, somente pode ser praticada por alguém que seja humilde e coerente. Portanto, pude ver no celebrante as ações de um líder ao exibir a humildade de colocar-se no nível dos liderados; ao mostrar-se coerente com as ações alinhadas com as intenções verbalizadas na fala; e com a empatia sendo o resultado das duas competências anteriores. Um verdadeiro líder também é um liderado!

Naquele dia, mantivemo-nos sentados num gesto de humildade ao reconhecer as limitações que nos igualam; fomos coerentes ao entender que os papéis que exercemos são circunstanciais, assim como a empatia se manifestou ao não excluir ninguém. Por fim, o gesto do padre de pedir para que ficássemos sentado nos colocou verdadeiramente de pé como seres humanos, porque estar de pé é um estado de espírito. Finalmente, foi uma real comunhão entre os presentes em que pude olhar a todos nos olhos de igual para igual. Não foi preciso incluir ninguém, porque não houve excluídos.

Moacir Rauber

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Pe. Getúlio Saggin – Missionários do Sagrado Coração

O PARADOXO DA ESCOLHA!

O PARADOXO DA ESCOLHA!

No final de semana, uma opção é assistir filmes nas diferentes plataformas de streaming disponíveis. Minha esposa preparou a pipoca e eu o chimarrão. Ela foi antes para o sofá e começou a navegar pelas indicações de uma plataforma. Um, dois, três, quatro, dez, vinte ou mais propagandas de filmes visualizadas sem que nenhum despertasse o interesse real de ver. Segue a busca. Por fim, ela desiste frustrada por não haver encontrado nada. Eu assumo o controle e mudo de plataforma. Outra quantidade gigante de filmes disponíveis de temas como comédia, drama, ação, entre outros. A insatisfação me atinge também. Olho para minha esposa e digo:

– Não tem nada que presta para ver…

Será? Estou convencido de que entre as opções de filmes disponíveis existem aqueles que atenderiam os nossos gostos, entretanto o excesso de oferta gera a indecisão que termina por reduzir a ação da escolha. Acredito que fomos vítimas do “paradoxo da escolha”, que, igualmente, afeta os líderes das organizações frente ao excesso de dados, de informações, de recursos e de ferramentas disponíveis para alavancar o negócio. Esse excesso termina, muitas vezes, em burocracia e paralisia pelo medo da escolha equivocada. Em que consiste o paradoxo da escolha? Como posso evitar o efeito negativo do paradoxo?

O paradoxo da escolha está baseado num experimento feito por pesquisadores da Universidade de Columbia e Stanford (Sheena Ivengar e Mark Lepper) em que eles montaram duas mesas num supermercado. Na primeira eles ofereciam vinte e quatro tipos de geleia e na segunda mesa apenas seis. Como resultado constataram que a mesa com mais opções atraía mais pessoas, porém fazia menos vendas. Por que acontece o fenômeno? Entende-se que há um sentimento de perda e de confusão resultantes do excesso e da abundância das escolhas possíveis. Internamente a pessoa se questiona: “se escolho a geleia de morango e a de chocolate for melhor?” criando um dilema, que gera ansiedade por uma possível escolha equivocada. Esse dilema pode nos levar a procrastinação que termina na insatisfação. Assim, fazemos a escolha de não escolher, impelindo-nos a ser inertes. Os líderes, igualmente, estão sujeitos ao paradoxo da escolha porque estão expostos ao excesso de dados, de informações, de recursos e de ferramentas que podem causar a inércia inibindo, inclusive, a inovação.

Nesse contexto, como podemos atuar de forma consciente num mundo sujeito ao “paradoxo da escolha”? É essencial se capacitar para o discernimento. Simples assim? Nada simples, bastante complexo. Entenda-se discernimento com a capacidade de avaliar e de escolher entre diferentes opções com bom senso e clareza. Desse modo, desenvolver essa competência pode contribuir para que cada um: (1) filtre as informações evitando a fadiga das decisões; (2) peneire os processos para que o excesso de etapas não nos paralise; (3) selecione ferramentas efetivas que contribuam para a melhoria da vida; (4) e crie um ambiente de segurança psicológica a partir do discernimento para que faça boas escolhas. Enfim, frente ao excesso de dados, informações, recursos e ferramentas disponíveis no mercado quais são as mais indicadas e essenciais para você e o seu negócio? Quais são as escolhas que efetivamente podem contribuir? Responder a essas perguntas é o discernimento em ação ao filtrar, peneirar, selecionar e gerar um ambiente em que todos vertam no canal comum para um mundo melhor.  

Enfim, Barry Schwartz no seu livro “O Paradoxo da Escolha” nos mostra que o excesso e a abundância de produtos, recursos, dados e informações podem ser um problema que nos cansa, esgota e até paralisa. Entretanto, não se apregoa que voltemos a ter menos opções, apenas que nós nos capacitemos para desenvolver a competência do discernimento em que o excesso e a abundância sejam oportunidades.

Que tal assistir e avaliar os filmes para trocar listas?

Por que não indicar e trocar estratégias com os demais usuários de streaming?

Qual a sua estratégia para desenvolver o discernimento num mundo repleto de escolhas?

Moacir Rauber

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ELE É “GENTE BOA”!!! SERÁ?

É gente boa! Será?

A obra estava com seu cronograma atrasado e o responsável parecia preocupado. Nos últimos dias o pedreiro principal havia chegado tarde, saído antes e, inclusive, faltado. Ao final do dia o mestre de obras conversou com o pedreiro que deu os motivos pela falta de pontualidade. Para o dia em que chegou tarde a desculpa foi o trânsito. Para o dia em que saiu antes a justificativa foi buscar a esposa no trabalho. Para o dia que não veio a razão foi um problema no carro. Na semana anterior já havia dado como motivo para faltar ao trabalho o falecimento de um primo e assim se sucediam os pretextos que culminavam em baixo desempenho. Com isso, a obra não acompanhava o cronograma proposto e o compromisso assumido com o proprietário não era cumprido. Ainda assim, o mestre de obras ao se reportar ao dono do empreendimento dizia:

– Ele “gente boa”, trabalha bem, só que está com alguns probleminhas e anda meio acelerado…

“De gente boa” há uma fila interminável de devedores e de inadimplentes que levaram muitas empresas a falência. Não se trata da intenção, mas da ação. Problemas de trânsito, de rotina familiar e de deslocamento todos nós temos, entretanto, a diferença está em como atuamos frente a eles.

Aos problemas que não estão no nosso controle não há nada a ser feito e não há que se ocupar deles. Entretanto, as questões que podem ser previstas devem ser pensadas, revisadas e reprogramadas para que não produzam resultados negativos, nem reduzam o desempenho e que não provoquem perdas financeiras e humanas. Portanto, o ordenamento da vida, seja laboral ou extra laboral, é essencial.

Desse modo, o foco deve estar naquilo que está no seu controle, como a intenção e as ações derivadas. Com relação ao trânsito como motivo para chegar tarde ao trabalho, o que pode ser feito? Talvez reprogramar o horário de saída para chegar no horário. Quanto a sair mais cedo para buscar a esposa é um tema que pode ser solucionado, uma vez que o pedreiro trabalha como autônomo. Portanto, ele tem com alternativa começar antes para cumprir a sua jornada sem atrasar o andamento da obra. A desculpa do carro com problema mecânico pode ser evitada com a correta manutenção do veículo, que exige uma rotina e um cuidado. Enfim, a intenção mostrada em palavras que faz do pedreiro “gente boa” deve estar respaldada por ações que a confirmem. Caso contrário, são apenas palavras.

Para que não sejam apenas palavras, há um caminho para domesticar a si mesmo como uma maneira de alinhar as intenções com as ações. Comece por (1) educar a vontade como uma maneira de cumprir com os compromissos espontaneamente assumidos. Em seguida, é essencial (2) manter em mente os bons ideais de colher os resultados pelos compromissos cumpridos. Para isso, é indispensável (3) criar bons hábitos que o mantenham na rota de cumprir com as promessas feitas; e, por fim, (4) entender os sentimentos próprios e alheios para avaliar o caminho escolhido. Com esse passo a passo é possível domesticar a si mesmo ao cumprir com as escolhas feitas sem perder a paz e a tranquilidade.

Mas o que fazer com aquilo que não está no seu controle? Nada. Entretanto, sempre se podem fazer ações corretivas para os compromissos assumidos e não cumpridos por algo que não estava no seu controle. Chegou tarde um dia? Chegue mais cedo no outro. Não pode vir num dia? Compense num sábado em que não trabalharia. Teve que sair mais cedo por algum compromisso privado? Fique até mais no dia seguinte. Por isso, falhar e não retificar é falhar em dobro. Errar e não corrigir é errar duas vezes. Arrepender-se e reincidir é sinal de que ainda falta educar a vontade ao fraquejar frente aos maus hábitos, esquecendo-se dos bons ideais. Por isso, “é gente boa”? Intenção sem ação revela o contrário.

Moacir Rauber

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O QUE É RELATIVO PARA VOCÊ?

Fonte: IA COPILOT

O que é relativo para você?

Os alunos da faculdade haviam feito uma promoção numa danceteria da cidade para arrecadar fundos para a formatura. Convidaram os professores e nós fomos com o intuito de prestigiar o evento. Fiquei por um tempo para depois voltar para casa, não sem antes ser impactado pelo comportamento dos alunos em sala de aula e a sua postura fora dela. Um rapaz que em sala de aula era o mais descontraído, na danceteria era o mais retraído. Uma moça que em sala de aula era tímida, na danceteria era extrovertida. Num momento, ela se aproximou e disse:

– Professor, já “peguei” doze!!!

Ela se referia ao número de rapazes que já havia beijado naquela noite. Falo de uma moça, mas poderia ter sido um rapaz, e surpreendeu-me pela banalidade com que ela se expunha sobre algo íntimo como um beijo na boca, para iniciar…

A situação expõe algumas contradições que vivemos com uma normalidade não natural. No momento em que sofremos o impacto do vídeo de Felca sobre a adultização das crianças, acredito que há uma relação de causa e consequência como resultado da relativização gradual que acontece há décadas do correto e do incorreto, do certo e do errado, do bem e do mal, do legal e do ilegal e do moral e do imoral. Pergunto, tudo pode ser relativo?

Entendo que, quando aceitamos que tudo é relativo chegamos a um ponto em que a relativização nos leva a adotar determinados comportamentos como normais, ainda que não sejam nem normais nem naturais, como a adultização de crianças. Igualmente, podemos fazer um trocadilho sobre a adolescentização de adultos que não querem crescer ou a imoralização de comportamentos relacionais por meio da banalização de algo que não é banal como a própria intimidade. Comento que a mesma jovem que “ficou” com doze pessoas numa só noite não gosta de receber pessoas em sua casa com o motivo de preservar a sua intimidade. Por que então orgulhar-se de banalizar algo íntimo como o próprio corpo é visto com normalidade, enquanto fechamos as nossas casas em nome da preservação da intimidade? O que há de relativo nisso?

“Tudo é relativo” tem origem no relativismo como uma doutrina filosófica que explora a relatividade do conhecimento, aplicando-a a fatos, culturas, idiomas ou outros pontos de vista inerentes a uma determinada estrutura. Concordo que um fato pode ser interpretado de diferentes maneiras a partir do ponto de vista de quem o vê, entretanto isso não muda o fato em si. Instalar um aparelho para obter o sinal das TVs pagas sem pagar é correto ou incorreto? Qualquer cidadão de bom senso sabe que é incorreto, além de ser ilegal. Somar a quantia de dois mais dois e apontar como resultado cinco está certo ou errado? Não há como relativizar a questão, uma vez que a matemática é exata. Assaltar, roubar e matar para obter vantagem pessoal está bem ou está mal? É certo ou errado? É legal ou ilegal? É moral ou imoral? É possível relativizar o crime? Podemos relativizar a vulgarização? O relativismo apresenta uma linda argumentação que pode nos conduzir a mudar perspectivas sobre questões inegociáveis. Uso o exemplo da jovem aluna, mas poderia ser qualquer um e em qualquer idade.

Por isso, entendo que a adultização de crianças, a adolescentização de adultos e a imoralização dos costumes em geral é resultado de uma relativização comportamental que começou com a abolição dos limites aqui refletidas na banalização das relações. Se por um lado a pessoa abre a intimidade do seu corpo para vários desconhecidos numa só noite em nome da liberdade e fecha as portas de sua casa para conhecidos em nome da proteção da intimidade, acredito que a relativização perdeu o sentido, não tem norte e está sem rumo. Contudo, aceito que haja questões que são relativas ao contexto cultural, individual e social, entretanto nada disso anula os fatos que, muitas vezes, estão expressos em valores morais, legais, corretos e bons, independentemente de opiniões individuais.

O que é relativo para você?

Os seus valores também são relativos?

Moacir Rauber

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FUMAR UM BASEADO QUALQUER UM SABE…

O Domesticador de Desejos: fumar um baseado qualquer um sabe…

Naquela sexta-feira à noite as horas demoravam a passar, porque havia sido uma semana cheia para os alunos. Alguns estavam despertos e participativos, enquanto outros estavam com cara de cansados e com vontade de voltar para casa ou mesmo sair para as festas. Afinal, eram jovens que trabalhavam de dia e faziam faculdade à noite. Era o preço a ser pago para poder fazer melhores escolhas num futuro não tão distante. Num momento descontraído, um dos alunos disse:

– Professor, estou com vontade de sair, tomar uma cerveja e fumar um baseado para relaxar.

Os demais se entreolharam entre sorrisos e cochichos, assim como eu. Após um pouco de silêncio, perguntei:

– Quanto esforço você precisa para fumar um baseado? O que você precisa aprender para tomar cerveja?

Os sorrisos deram lugar a expressões reflexivas.

Já diz o ditado popular, “Vontade é coisa que dá e passa…”, por isso, é preciso educar a vontade. Desse modo, entender a riqueza por trás desse adágio é apropriar-se das escolhas feitas sem se deixar levar pelas facilidades daquilo que, aparentemente, estamos perdendo. O que eu quero? Essa pergunta nos põe de volta aos ideais mais elevados em que temos claro aquilo que buscamos fazer com as chances que a vida nos dá. O que o levou a estar num banco de universidade numa sexta-feira à noite?

Trazer à memória as razões das escolhas feitas nos reconecta com os ideais, assim como nos exige educar a vontade e desenvolver bons hábitos. Muitos dos nossos impulsos baseados nas emoções, quando seguidos, nos levam para onde não queremos ir. Portanto, ao educar a vontade, tendo em mente os nossos ideais mais profundos, nós conseguimos diminuir os efeitos perniciosos de hábitos, como a procrastinação; podemos manter a rota ao controlar a busca por prazer imediato. Ao nos perguntar o que queremos, passamos a escutar as vozes que ecoam no mais profundo de nosso ser, aproximando-nos de nossos valores e objetivos.

Portanto, ao escutar a fala do aluno “quero sair, tomar uma cerveja e fumar um baseado”, pude escutar a vontade que o levaria ao prazer imediato, porém o afastaria de sua busca maior. Ao se expressar ele revelou um pensamento baseado num estímulo externo, dando-lhe a possibilidade de fazer uma escolha que o aliviaria rapidamente de um esforço que exigia a sua dedicação. O esforço de estar em sala de aula num sexta-feira à noite demandava o domínio da vontade. Quantas vezes nos defrontamos com situações assim? Quantas vezes sucumbimos?

Por isso, o silêncio logo após a expressão do aluno seguido da pergunta, “quanto esforço você precisa para fazer isso?” cumpriu um papel importante no despertar daquele aluno. A pergunta, caso respondida, revela que não há mérito no caminho fácil, porque seguir o impulso vindo das emoções qualquer um pode, inclusive um tolo.

Por outro lado, estudar num horário em que muitas pessoas estão buscando o prazer imediato exige autodomínio, visão de longo prazo e conexão com propósito. Manter a escolha de estar em sala de aula na sexta-feira requer o domínio de si mesmo. Requer domesticar os nossos bichos interiores.

O aluno que fez o comentário na aula há quase dez anos, escreveu-me na semana passada dizendo que aquela pergunta mudou a sua forma de ver o mundo. Ele me disse:

– Professor, eu não saí de sala de aula naquela noite e em nenhuma sexta-feira até o final da faculdade. Eu sabia o que queria…

Fiquei feliz com a escolha feita por ele, porque entendeu que o prazer imediato está ao alcance de qualquer um, enquanto os compromissos com as escolhas conscientes requerem esforço, dedicação e persistência. Quanta competência é necessária para fumar um baseado? Quanto esforço é preciso para sair da sala de aula para encher a cara? Pouco ou nenhum, porque basta ser estúpido o suficiente para se acreditar mais esperto que os outros.

Finalmente, é essencial que cada um tenha claro o preço a ser pago pelas escolhas, assim como o horizonte que se abre ao assumir e cumprir com os compromissos.

“Nascemos originais e morremos fotocopias” (Carlos Acutis).

Moacir Rauber

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ECOS DE LA PALABRA: ¡Comunicación no violenta con corazón cristiano en películas!

Cuatro Encuentros:

  • Bajo el paraguas del Afecto: Pausa, Observación, Sentimientos, Necesidades y Pedidos
  • La Morada de la Compasión 1: Pausa y Observa
  • La Morada de la Compasión 2: Siente e identifica las necesidades
  • La Morada de la Compasión 3: Identifica las necesidades y haz los pedidos

PRIMER ENCUENTRO:

“Bajo el Paraguas del Afecto: Comunicación no violenta con corazón cristiano”

Se presenta un cortometraje para desarrollar habilidades de Comunicación No Violenta desde una perspectiva cristiana para que podamos ser auténticos, compasivos, afectivos y efectivos en nuestra comunicación, reduciendo conflictos.

Un repaso de la mirada Compasiva de la Comunicación No Violenta a partir de la Pausa, Observación, Sentimientos, Necesidades y Pedidos.

SEGUNDO, TERCERO y CUARTO ENCUENTROS:

“La Morada de la Compasión: Comunicación No violenta y Fe para transformar conflictos”

Un hombre devastado por la pérdida de su hija recibe una misteriosa invitación para encontrarse con Dios. En estos tres encuentros del taller “ECOS DE LA PALABRA” se utilizan extractos de una película para desarrollar los componentes de la Comunicación No Violenta (CNV): Pausa, Observación, Sentimientos, Necesidades y Pedidos, integrando la espiritualidad cristiana para una comunicación afectiva y efectiva, siendo compasivo.

Apúntese:

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